sábado, 12 de março de 2016

Refleões Evangélicas


Na última e abençoada noite de sexta-feira, 11/03, a Providência nos concedeu a oportunidade do ajuntamento, em nome do Mestre Jesus, para refletirmos, juntos, sobre o texto localizado em Lucas 11, 9 - 13:
"Pelo que eu vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; pois todo o que pede, recebe; e quem busca acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á. E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?"
O assunto é perseverança na oração. E, se perseverar significa insistir, também quer dizer permanecer, manter-se, ou conservar-se em oração...
A perseverança na oração,  à qual nos exorta o Mestre, não se limita à simples recitação de belas palavras, nem à atitude contemplativa.
Jesus faz uso de três verbos que requerem disposição, ação e envolvimento: pedir, buscar e bater.
Pedir exige se reconheça necessitado, frágil e incapaz.
Buscar requer empenho próprio para se encontrar o que se sabe não ser possuidor ou estar perdido.
Bater implica saber que se precisa do concurso alheio, ainda que seja apenas para "o abrir".
E, para as três atitudes, faz-se capital o espírito de humildade, que nos tira da nossa zona de conforto; nas palavras se Miramez, é o sair de si e entrar em Deus, nos afastando da vitimização e nos tornando protagonistas da mudança que desejamos se nos ocorra, ou da ajuda que queremos, nos alcance.
A prece é um empenho da alma para tudo que precisamos, necessária em todos os momentos da vida, é o nosso canal de ligação e comunicação com Deus e, se nos permitimos o envolvimento pleno, de mente, sentimentos e emoções, dá-se a comunhão com o divino, transformando-se em gratidão, orientação, conforto e socorro nas dificuldades; conquistando-nos alegria, equilíbrio, pacificação...
Das três ações sugeridas pelo Mestre, nos parece que a que mais exercitamos é o pedir. Talvez por ser o mais fácil meio de obtenção. E quando mal entendido seu  sentido, pode nos levar a crer que só depende do outro, aquele a quem pedimos, solucionar nossa necessidade, quando sabemos que tudo que necessitamos deve ter o mérito de nosso esforço.
Teresinha de Jesus nos diz que Deus deu-se a si mesmo como ponto de apoio e, como alavanca, a oração que incandesce com o fogo do amor... Dentro de sua percepção católica, completa dizendo que assim, pelo, poder da oração, os santos soergueram e continuarão a soerguer o mundo...
Há uma música cuja letra diz que a melhor oração é o Amor... E Caridade é Amor em movimento. É o manter-se em oração nos mínimos atos e gestos do dia, que devem ter impressos o Amor e a Caridade.
Vida de oração, não é a contemplação dos conventos... É transformar cada ato em gesto de amor... Contudo, enquanto almas a caminho, vamos, de tentame em tentame, ora acertando, ora não, nos burilando, nos aperfeiçoando. Não há pressa no tempo da eternidade...

Vigiemos e oremos, trabalhando, sempre...

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